O Haiti poderá se transformar numa nação de amputados. Poderá, inclusive, suplantar países como a Angola, na África, que sofreu durante décadas com as minas terrestres.
Segundo o jornal francês Le Mond, está havendo “excesso” de amputações no país caribenho que sofreu com um terremoto no dia 12 de janeiro. Esse método seria indicado como último recurso pela “medicina de guerra”.
De acordo com denúncia do médico francês François-Xavier Verdot, cirurgião ortopédico, “uma simples fratura no braço é tratada com a amputação do membro”.
Os médicos estadunidenses, que estariam adotando a amputação de forma sistemática, alegam que “o Haiti é um país pobre e os pacientes não teriam como continuar um tratamento nos ferimentos”.
Os franceses horrorizados contra-argumentam dizendo que não há guerra no país e que a ajuda pode ser continuada, sim.
“Não estamos em guerra. Podemos voltar e dar continuidade ao tratamento dos pacientes”, protesta a jovem médica francesa Sophie Grosclaude.
Além dos escândalos das amputações excessivas, médicos porto-riquenhos tiveram fotografias em que eles aparecem fumando, bebendo e portando armas de fogo publicadas no Facebook (rede social equivalente ao Orkut). As armas foram tomadas emprestadas de soldados da República Dominicana — país que fica na mesma ilha que o Haiti.
Fonte: Blog do Esmael
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