Rádio Beatitudes

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Menino, o rei e o bom velhinho

POR: CNBBCard. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo - SP

No Natal, os cristãos comemoram o nascimento de Jesus Cristo. Aconteceu há cerca de 2 mil anos, quando ainda não se fazia registro do nascimento, com lugar, dia e hora; isso é bastante recente. Mas quem duvidaria que Jesus nasceu e existiu? Vinte séculos de testemunhos ininterruptos mantiveram viva sua memória, apesar das tentativas de apagar sua lembrança da história. Perseguições aos seus seguidores, regimes totalitários ou simplesmente movimentos culturais já se propuseram eliminar, depurar ou passar para a posteridade de maneira distorcida o legado de Jesus Cristo para a humanidade. Não conseguiram.

Isso já começou logo que Jesus nasceu. Conta-nos o evangelista São Mateus que o rei Herodes, encarregado romano de governar a Judeia, ao saber que em Belém havia nascido um menino, procurado e admirado por gente de toda parte, ficou assustado e quis saber mais sobre o pequeno: era Jesus, filho de Maria, casada com José, o Carpinteiro de Nazaré. Sábios e intérpretes das Escrituras Sagradas afirmavam ao rei que as profecias sobre o ressurgimento do reino de Davi apontavam para Belém e o futuro rei poderia ser esse mesmo, o pequeno que acabara de nascer. Herodes, enciumado e furioso, tentou eliminá-lo já no berço, mas não conseguiu; o bom José tomou o menino e sua mãe e fugiu com eles para o Egito. Enquanto isso, Herodes espalhava terror e luto em Belém e arredores, com a ordem para que todos os meninos abaixo de 2 anos de idade fossem mortos (cf Mt 2).

Nos primeiros tempos do Cristianismo, os cristãos comemoraram mais a Páscoa do que o Natal; o anúncio do Evangelho estava centrado sobretudo no significado dos padecimentos, da morte e ressurreição de Jesus, no início da pregação dos apóstolos e no surgimento prodigioso da Igreja. Aos poucos, porém, também foi incluída a reflexão sobre a origem de Jesus, seu nascimento e infância, que a Igreja comemora no Natal (cf Mt 1-2; Lc 1-2).

Teólogos e pregadores dos séculos seguintes elaboraram reflexões de extraordinária beleza e profundidade sobre esta primeira etapa da vida de Jesus, partindo da fé dos cristãos: nesse menino, o próprio Deus veio ao encontro da humanidade e assumiu nossa condição frágil e precária, para redimi-la e dar-lhe sentido e perspectiva de futuro. A Liturgia católica do Natal ainda conserva algumas dessas jóias, que o pensamento teológico lapidou naquela época: “ó Deus, nesta noite santa, o céu e a terra trocam seus dons... No momento em que vosso Filho assume a nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade!”

São Nicolau, um bispo do 4º século nascido em Mira, na atual Turquia, e cujo sarcófago está conservado na catedral de Bari, no sul da Itália, compreendeu isso muito bem: na festa do Natal, saía pelas ruas distribuindo presentes aos pobres, sobretudo às crianças. Queria, assim, compartilhar a festa e a alegria com todos porque o Natal de Jesus era um imenso presente de Deus para a humanidade inteira! Talvez nasceu aí a tradição dos presentes de Natal e da festa contagiante, que também hoje se faz.

Na Idade Média, São Francisco de Assis não se cansava de contemplar o “sublime mistério” do Natal: o Grande Deus veio a nós na simplicidade e na fragilidade de uma criança! Alguém poderia ter imaginado algo assim?! Ninguém mais precisa ter medo de se aproximar do Eterno! Os braços estendidos do menino são o abraço de Deus, que acolhe a todos com infinita ternura! Francisco, poeta e cantor da beleza, quis que a cena do Natal de Jesus, narrada nos Evangelhos, fosse percebida concretamente e “criou” o presépio, com a ambientação e os figurantes dos relatos bíblicos sobre o nascimento de Jesus. A tradição dos presépios no Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo cristão.

Os tempos modernos deram-se conta de que o Natal tinha um apelo comercial muito bom e vendia bem! Natal virou coisa para comprar! E para promover melhor o seu consumo, foi criado um garoto-propaganda, chamado Papai Noel, o “bom velhinho”, de barbas brancas, botas, roupão vermelho e gorro de lã... Alguma coisa nele ainda lembra o bispo São Nicolau, de outros tempos, que distribuía presentes de verdade! Papai Noel saiu da fantasia, talvez de trenó puxado por renas imaginárias, lá dos espaços nórdicos, onde faz frio nesta época do ano. Mas deu-se muito bem nos trópicos também... Que importa um pouco de suor debaixo das pesadas roupas invernais? Doce fantasia, que encanta crianças e também agrada a adultos!

Natal se tornou a festa de Papai Noel. E o menino Jesus, onde ficou? Não era dele a festa? Será que o “bom velhinho” – hô-hô-hô -, na sua pachorra, vai conseguindo o que Herodes não conseguiu com sua ira - eliminar o menino da cena? Presépio? Em seu lugar, uma árvore enfeitada de desejos coloridos; duendes e bruxas, em lugar do menininho de braços estendidos; bichinhos da Disney em lugar dos pastores de Belém e suas ovelhas; e uma infinidade de pacotes e de doces em vez do ouro, incenso e mirra, oferecidos pelos reis magos ao menino Jesus!

Pois é... quase tudo como no começo! Quando Maria estava para dar à luz, José, muito aflito, batia de porta em porta e procurava um lugar em Belém para que o Filho de Deus pudesse nascer entre os homens. São Lucas informa apenas: “não havia lugar para eles”. Por isso, Jesus veio ao mundo num abrigo para animais, fora da cidade. Na cidade não havia lugar para ele. E, no entanto, continua atual o anúncio do anjo aos pastores nos campos gelados de Belém: “não tenhais medo! Eis que vos anuncio uma boa notícia, e será boa também para todo o povo! Hoje nasceu para vós um salvador, que é o Cristo, Senhor”! Mais atual do que nunca!

Publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. de 10.12.2011
 
Díponivel também em:
http://www.blogsantoafonsoe.blogspot.com/

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O que se omite,
sem coragem
O que não persiste
na sondagem
de um pequeno detalhe
não consegue fazer o entalhe
nem conhecer ou preencher
o íntimo de seu ser...

(Luzia Escongisk- 06-12-2011)
Preciso de algo
que dê sentido
ao amâgo
de meu ser pútrido

Talvez palavras...

Palavras  são quiméricas
deveras pretenciosas
indubitavelmente
são me penosas

Talvez amores...

Amores são inconstantes,
imprecisos,
por mais atraentes
que sejam (friso)

Talvez solidão...

Ninguém pode viver
como ermitão
e não morrer
na omissão

(Luzia Escongisk- 06/12/2011)
 Fonte: @djleoguimaraes

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sociedade caótica,
desestabilizada, psicótica
anarquica, neurótica

Fabrica, cria, produz

Pessoas perdidas,
sozinhas, iludidas,
uniformizadas, divididas

Pessoas que esqueceram
de pequenas gentilezas,
pessoas que padeceram
sem sua nobreza

Fabricam, criam, produzem

Uma sociedade monocromática,
simples degradê de cinza
sub, pseudo sintomática
cuja ação incisa

Fabrica, cria, reproduz.

Luzia Escongisk

30/11/2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Música do Dia

Civil Twilight-Human

 

Há uma saída e uma maneira de

Voltar para o início

Há um caminho de volta para casa novamente

Para onde me sinto perdoado

O que é isso que eu sinto, por que é tão real?

O que estou dizendo?

Isso é apenas amor, isso é apenas dor

É apenas o medo, que corre nas minhas veias

São todas as coisas que você não pode explicar

Isso faz de nós seres humanos

Eu sou apenas uma imagem de algo muito maior

Eu sou apenas a pintura, eu não sou o pintor

Por onde eu começo, posso deixar esta pele?

O que é isso que eu sinto por dentro?

É apenas amor, é apenas dor

É apenas o medo que corre nas minhas veias

São todas as coisas que você não pode explicar

Isso faz de nós seres humanos


 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aula de matemática

Hoje vou brincar de professor de matemática. Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.
Problema nº1
Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por Mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.
Problema nº2
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Resposta: aproximadamente 0,27 mensais(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios...

Problema nº3

Um professor de padrão de vida simples,solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis :
Sindicato: R$12,00reais
Aluguel: R$350,00reais ( pra não viver confortável)
Agua/energia elétrica: R$100,00 reais (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$60,00 reais
Telefone: R$30,00 reais (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$150,00 reais
Cesta básica: R$500,00 reais
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$1202,00
Qual o saldo mensal de um professor?
Saldo mensal: R$1187,00 - 1202= -15 reais, passando necessidades
Agora eu te pergunto:
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana?
- Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc.
- Quanto vale o trabalho de um professor??
Isso é bom para o aluno???
- Isso é bom para a educação pública do Brasil?? Agora olhem a pérola que o Sr. Governador do Ceará disse:

" Quem quiser dar aula faça isso por gosto, e não pelo salário. Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado "
Cid Gomes - Governador(_) do Ceará

SE VOCÊ ACHA QUE NOSSO GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR, PASSE PARA A FRENTE!.
CAMPANHA
"Cid, doe seu SALÁRIO e governe por AMOR !"

Vamos espalhar isso aos 4 ventos e aumentar a campanha:
DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, MINISTROS, DOEM SEUS SALÁRIOS E TRABALHEM POR AMOR!Nobres vereadores e prefeitos, governem por amor, doem seus salários.


Texto recebido por e-mail.
Divulguem!

terça-feira, 15 de novembro de 2011


Conquistar, o inconquistável
Superar, o insuperável
Suportar, o insuportável
Vencer, o invencível
Crer, no inacreditável!
Eis a vida!!

(Luzia Escongisk)

Sem terra e sem comida,
sem cor e vida.
Sem teto e sem país
sem pátria, no país;
sem sonho e sem ideologia,
vivendo a nostalgia;
com fome, sem alegria
moderno, alienado,
considerado atrasado
no submundo,
"semi-sub-desenvolvido"
sem tecnologia,
sem computador,
sem dor, sem amor,
sem coragem, sem indignação,
nem sequer uma canção
de guerra, de luta...
sem músicas de amor
apenas uma música incolor,
inodora, insípida, "inlucida", intrágavel...
sem educação,
incapazes da renovação,
tornando impossível
a dita [r]evolução
só pegam em armas
para o semelhante matar,
não se envolvem na política
a não ser para roubar
se deixam alienar,
se deixam anular,
se deixam assasinar,
desistem de sonhar,
se deixam esmagar...

(Luzia Escongisk)
23 de maio de 2007

*Imagem de Sebastião Salgado- Garimpo de Serra Pelada
Dá me sua alma
tornemo-nos um só ser
Não precisa ter calma,
basta querer,
eu vou estar
a te esperar,
a te amar,
basta você procurar
é simples achar,
logo você vai encontrar
tudo o que desejas,
talvez, eu possa ser...
eu escutei o que falavas
e a ti eu clamava
sem pressa e sem demora
pois está na hora
preciso te entender
preciso me compreender
precisamos amadurecer...

Não sei escrever,
tão pouco falar
coisas bonitas, palavras amáveis
se você não me notar,
se acaso não te encontrar,
não desisto de te procurar!

(Luzia Escongisk)

Tempo

Quanto tempo mais suportará
as agressões?
Céu ou  Terra  passará
sem que as nações
se dêem conta
que destruiram a criação
enquanto ficam brigando
para saber quem está com razão...
enquanto ficam competindo
que causará mais destruição...
quem matará mais...
mal sabem que assim jamais
poderão recuperar
os danos que causaram
e que com suas próprias vidas acabaram
Talvez quando tudo terminar
o ser huma ira se "tocar"
mas já será tarde demais
e a vida não volta atrás
quando perceberem que nem todos são iguais
eles talvez saibam que não adianta
impor seus modos de viver e pensar
uma sociedade unitária criar...
Se um dia a guerra acabar,
o que ira sobrar?
Filhos sem pais,
mulheres sem maridos,
jovens sem amores,
mães sem filhos...
feridas, cicatrizes, dores,
morte, sujeira, exploração,
restos de seres humanos,
restos de vidas,
violência, revolta, solidão...
Haverá como escapar?
Mas, para onde correr?
O que se pode fazer?


11/04/2007  (Luzia Escongisk)

Eu ainda acredito

Eu ainda acredito
que esse mundo tem jeito,
que o homem é capaz
de promover a paz,
que todos possam ir e vir
sem a tudo destruir.

Eu ainda acredito
que torturado e torturador
possam viver sem culpa e rancor,
que os soldados
deixem de ser bestificados
e não sejam, apenas, homens armados
mas, sim amados.

Eu ainda acredito...

(Luzia Escongisk)
Hoje pensei
na vida e na morte
eu bem sei
que essa é a sorte
de todos no mundo
esse é o fim
mesmo que doa fundo
é sempre assm
fim da vida,
ínicio da eternidade
fim se ela não for vivida
com a  intensidade
que lhe é merecida,
apenas, um recomeço
para quem crê...

(Luzia Escongisk)

20 ANOS CEGO

Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes. Até que um dia...

Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la.
O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
-Tudo bem com você meu amor?
-Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a mim, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro. E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim, como um monstro Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe:
-COMO EU TE AMO. Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre. Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Poemeto 4

Hoje parei pra pensar
nas minha amizades
e cheguei a acreditar
que elas durarariam a eternidade.
Tamanha ingenuidade!
Algumas nem são de verdade
outras, fantasias
fora da realidade.
Essas são minhas amizades!

(Luzia Escongisk)

Poemeto 3

Minha vida é um livro aberto
Mas não chegue muito perto
Pois talvez não seja certo
O meu comportamento
 é meio incerto!

(Luzia Escongisk)

Poemeto 2

Dia anormal
nada legal
tudo banal
meio normal


Luzia Escongisk

Poemeto 1

Eu ando meio
sem inspiração
de saco cheio
sem o dom da invenção

Luzia Escongisk

Carta a todos os habitantes da Terra, principlamente, os humanos

       Grandes mudanças estão acontecendo em nosso mundo, ele está dimunuindo, desabando. No último século a temperatura subiu 0,8ºC nos dois hemisférios (talvez você nem notem) as geleiras estão derretendo não tão lentamente, o mar está aumentando pouco a pouco, há cada vez mais desertos (a Amazônia será o próximo?!)!
        Eu moro na Floresta da Araucárias, que dominava as regiões do Paraná, Santa Catarian e Rio Grande do Sul, era uma floresta vasta e rica em fauna e flora, onde predominava o Pinheiro do Paraná, mas hoje só se vê vestigios dessa magestosa floresta no sudoeste paranaense e oeste catarinense.
        Essa floresta foi sendo dizimada pouco a pouco por indútrias madeireiras, grandes latifúndios, pelo aumento das cidades, além dos fenômennos climáticos que acontecem fora de época, como por exemplo, chove muito quando não é para chover, faz calor quendo é época de geadas, ocorrem ventanias nos meses que normalmente ocorrem apenas brisas.
       Nós animais selvagens somos muito sensíveis a essas mudanças, já que não temos casacos, nem todos costumam fazer estoques de comida, nem usamos ar condicionado, nós evoluimos paulatinamente e as mudanças climáticas estão acontecendo rápidas demais para nós, talvez não possamos suportar, precisamos da ajuda de vocês humanos, pois nós dependemos de vocês e vice-versa.
       Nós contamos com a suposta racionalidade de vocês humanos, colaborem conosco, ajudem-nos que vocês estarão ajudando a vocês mesmos.
       Nós sabemos que tudo reagem em cadeia, e tudo tem que estar certo; o efeito estufamé natural e necessário, pois ele nos mantem aquecidos a noite, a terra se encarrega disso naturalmente, some a isso a agricultura, pecuária, indútria, carros, pessoas...
      Vocês humanos, fizeram vários acordos, leis, congressos, reuniões, planos objetivos e metas, comom o Protocolo de Kyoto, a ECO-92, etc, mas parece que tudo apenas ficou no papel, pois, em busca de lucro, do desenvolvimento vocês deixam tudo para trás, parece que só pensam no presente esquecem que tem o futuro, não estou falando de filhos e netos, é de vocês mesmos que estão aqui em 2007.
(...)
      Vocês criaram créditos de carbono, não tanto com o objetivo de ajudar o meio ambiente, mas obter lucros, ou talvez desvia o CO2 para o fundo do mar, mas adianta esconder a sujeira debaixo do tapete? Há os plânctons que se encarregam disso, pois eles absorvem o CO2 e o tranforma em compostos orgânicos. Talvez investir em energias limpas, como a energia solar e/ou eólica, ou os biocombustiveis, que poluem menos que os combustiveis derivados do petróleo, pode se substituir os clofluorcarbonos (CFCs) por outros menos nocivos a camada de ôzonio, ou talvez deva-se pensar no desenvolvimento sustentável, explorar a floresta sem derrubar as árvores, usar menos agrotóxico nas lavouras, substituir carros por ônibus, bicicleta.
     Em um mundo com tanta informação rápida e de fácil acesso, é só querer, buscar, pesquisar, procurar tecnologias ecologicamente corretas...Vocês adultos talvez não consigam, mas devem ensinar a seus filhos desde pequenos a preservar, cuidar, pois, "cachorro velho não parende truque novo!, ainda dá tempo de parar, ainda dá tempo para mudar! Eu preciso, você precisa de água, ar puro, de vida!!!

Escrevi esse texto em 2007, para um concurso da escola nos moldes de uma carta escrita por um animal caracteristico do Paraná, a Gralha Azul, para os seres humanos, só transcrevi o texto, não fiz alterações que julgo serem necessárias, talvez pudessem mudar o sentido das frases, pos só tenho o rascunho, faltado algumas partes, outras borradas outras apagadas pelo tempo...

A mulher da cruz

“Assim como Deus não poupou Seu próprio filho, entregando-O por nós, Jesus, por sua vez, também não poupou Sua própria mãe, mas a entregou a nós não apenas como mãe, mas também como vítima. Uma mãe paciente e sofredora, em pé aos pés da cruz, com o seu coração trespassado pela espada, olhando para o seu Filho pregado na cruz e com o coração trespassado pela lança(cf.Rm 8,32;Lc 2,35; Jo 19,34.37).
Já desde o anúncio de encarnação, Jesus permite que Sua mãe experimente o sofrimento, porque Ele precisava dela como uma mulher experimentada no sofrimento, em todo tipo de sofrimento que as mulheres passam, como que para completar com isso, nas palavras de Paulo, os sofrimentos de Cristo como home – o sofrimento de ser objeto da dúvida do homem que ela amava e que a amava, a humilhação de não ter onde se hospedar num momento de necessidade, a angústia causada pela ameaça à vida de seu filho único, os apuros de ser uma refugiada num país estrangeiro e hostil, a agonia de não saber nada sobre o destino de seu filho amado, os constantes rumores sobre escândalos a respeito Dele e alegações de que Ele estaria transgredindo a lei e o embaraço causado por parentes bem intencionados pressionando-a a impedi-Lo de continuar com suas afirmações e atitudes incomuns (cf. Mt 1,19;2,13-14; Lc2,48-50).
Mas mesmo esses sofrimentos todos foram apenas sombras do que seria a cruz no Calvário, com Jesus pendurado lançando as primeiras sombras sobre Maria ali em pé (cf.Jo19,25). Pois acima de tudo a sua dor era por ver o seu filho mal interpretado e suspeito de um crime, abandonado e traído até mesmo por Seus próprios seguidores e apóstolos, julgado e sentenciado injustamente, ridicularizado e amaldiçoado pelos líderes civis e religiosos, entregue nas mãos de carrascos para ser crucificado junto com dois criminosos pelas mesmas pessoas que foram beneficiadas pelo Seu ministério (cf. Jo 19,17-18).”

Esse é o trecho do livro “Quem é Jesus?” de Padre Rufus. Nesse mês comprando esse livro, você participa da promoção “Casa Nova, Canção Nova e Muito Mais!”. Participe e concorra a uma casa!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Querido Trema

Querido Trema




Imagem tirada do site VLost.com

Querido trema:



Quem lhe escreve é seu colega, o hífen. Soube que anda triste com o desterro a que foi condenado depois da reforma ortográfica.



Você reclama de barriga cheia, amigo trema.



Triste é a minha situação. De uma hora para a outra me vi transformado no pior pesadelo de qualquer um que se arrisque a escrever palavras compostas.



Posso até ouvir os comentários: “diabos, e agora, uso ou não uso essa porcaria desse hífen?”

“Será que ele está na autoescola? Ou já foi direto para a autoestrada?” Nada disso, não sou bem-vindo em nenhuma das duas… mas pelo menos, aos trancos e barrancos, continuo bem-vindo entre os luso-brasileiros.



Estou vendo a hora em que vão me banir para o mesmo limbo onde agora você descansa, amigo trema. Serei expulso, coberto de xingamentos: “Sinalzinho sem-vergonha”, dirão os escritores. Meu consolo é que ainda precisam de mim para escrever “sem-vergonha”.



(Espero não ter errado no uso do nosso “querido” hífen. Mas ao contrário do texto acima, nada indica que ele vá desaparecer, ou pelo menos se tornar mais simples…)
 
Retirado do Blog: Contos Incontáveis

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Meu filho, você não merece nada



A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
ELIANE BRUM
   Divulgação
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua(Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br Twitter: @brumelianebrum
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

(Erinaldo Alves)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Acreditar
é nada além
de esperar
Algo
que não sabemos
o que...

Eterna
essa chama que
nos faz
suportar
pedras e espinhos
nos caminhos...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Das impressas impressões
que tenho de ti
guardo o melhor
das pretensas pretenções
sobre eu e ti
restou apenas supor

Talvez exista rancor
ou talvez nem sequer
o alegre torpor
de sua doce companhia
talvez reste qualquer
pingo de alegria

Das pequenas lembranças
lembro de sua pujança
imaginando-me tua
eu como as Charruas
desconfiando desse futuro
sabia eu montouro

Como era desconcertante
viver um belo presente
presentindo uma triste
vida por vir
sabendo passado não existir
foi melhor admitir

O fim!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Pequeno Príncipe


O Pequeno Principe from hoteldarede on Vimeo.

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"

               Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.
              Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
               Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
            Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia. Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns). Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
             O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

              Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...,estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Eu acredito em Deus, mesmo quando Ele está em silêncio" (Escrito na parede de um campo de concentração)

Não se faz necessário falar mais nada.

27 de Janeiro
Dia Internacional em Memória das vítimas do Holocausto
holocausto.jpg

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

APRENDA A DAR PRESENTES

APRENDA A DAR PRESENTES.

Arquivado em: 09 - Uma mensagem pra vc! — Ricardo Sá at 1:19 pm on quarta-feira, janeiro 12, 2011
Três filhos saíram de casa, conseguiram bons empregos e prosperaram.
Anos depois, eles se encontraram e estavam discutindo sobre os presentes
que
eles conseguiram comprar para a mãe, que já era bem idosa.
O primeiro disse:
- “Eu consegui comprar uma casa enorme para nossa mãe.”
O segundo disse:
- “Eu mandei para ela uma Mercedes zerinho com motorista.”
O terceiro sorriu e disse:
- “Certamente meu presente foi melhor. Vocês sabem como a mamãe gosta da
Bíblia, mas ela está praticamente cega e não consegue mais ler. Então
mandei pra ela um papagaio marrom raro que consegue recitar a Bíblia
todinha. Foram 12 anos de treinamento num mosteiro, por 20 monges
diferentes. Eu tive de doar US$ 100,000.00 para o mosteiro,mas valeu a
pena. Nossa mãe precisa apenas dizer o capítulo e versículo
que o papagaio recita sem um único erro.”
Tempos depois, os  filhos receberam da mãe, cartas de agradecimento
pelos presentes:
Primeiro:
- “Marlon, a casa que você comprou é muito grande. Eu moro apenas em um
quarto, mas tenho de limpar a casa todinha…”
Segundo:
- “Maycon, eu estou muito velha pra sair de casa e viajar. Eu fico em
casa o tempo todo e nunca uso o Mercedes que você me deu. E o motorista
também é muito mal educado…”
Terceiro:
- “Querido Marvin, você  foi o único filho que teve bom senso pra saber
que o que a sua mãe realmente gosta é de coisas simples.
Aquele franguinho estava delicioso, muito obrigada.”

Retirado do blog do Ricardo Sá