Rádio Beatitudes

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ERROS BÁSICOS DE PORTUGUÊS PODEM CUSTAR VAGAS DE ESTÁGIO A CANDIDATOS.

Erros como escrever “nóis sabemos” ou “univercidade” em redações e testes de português complicam a vida de muitos universitários em seleções para estágio. Diante desse quadro, os selecionadores demonstram preocupação.
Levantamento feito a pedido do G1 revelou que apenas 32% dos candidatos avaliados passaram no teste de português em 2009 – o equivalente a 12.577 estudantes de um total de 39.304.
O teste inclui 30 questões de ortografia. Para passar, o estudante pode errar até seis delas. Em 2009, apenas 5% dos estudantes acertaram todas as perguntas, outros 27% erraram de 11 a 29 questões e 41%, de sete a dez. Nenhum candidato errou o teste todo.
De acordo com Carmen Alonso, gerente de treinamento de estagiários, os erros de português são vistos como falha na formação do candidato, pois o esperado por parte das empresas é que os estudantes tenham domínio do português e conhecimento de pelo menos um segundo idioma.
Carmen ressalta que ter um bom português é importante para todos os candidatos, mesmo aqueles das áreas de exatas.
“Não importa qual seja a área de atuação. Quando um engenheiro entra em uma empresa e apresenta um slide com erros de português, o erro colocará em dúvida a qualidade de seu trabalho."
ERROS

Além dos erros nos testes, os candidatos também cometem falhas graves nas redações e durante as entrevistas. Entre elas estão problemas de ortografia, pontuação, concordância, uso de gírias e abreviações (como “p/” no lugar de “para”).

Cultura

De acordo com a professora de língua portuguesa da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Jeni Turazza, o problema muitas vezes está na formação dos estudantes. “A pessoa precisa ter uma formação sólida em termos de ensino fundamental, médio e graduação. Hoje estamos alfabetizando em cursos de pós-graduação, o que é preocupante”, disse.
Para a professora, no mercado de trabalho o saber não pode se restringir à área em que o candidato atuará. “Hoje há instituições que vendem formações rápidas. O mercado cobra muito mais do que isso. Os saberes devem contemplar relações interpessoais, interculturais, normas socioculturais, saber como se vestir e se portar”, disse.
Jeni ressalta que os estudantes precisam ler mais e ampliar os temas da leitura. Segundo ela, muitos profissionais lêem apenas publicações de assuntos técnicos. “Só se aprimora os conhecimentos por meio do acesso à cultura”, afirmou.

Internet

Para a professora Jeni Turazza, o mau uso de ferramentas da internet colabora para que os estudantes não aprimorem o português. Isso porque os jovens passam muito tempo em redes sociais, o que, segundo ela, não traz muito conhecimento. “Há boas bibliotecas virtuais, por exemplo”, diz.
A especialista acredita que a questão não é apenas criticar o uso da internet, mas sim excluir os demais meios lingüísticos.

Autor: Sidnei Junior
Fonte: IPROE

Nota de solidariedade ao Papa Bento XVI


O povo católico de todo o mundo acompanha, com profunda dor no coração, as denúncias de inúmeros casos de abuso sexual de crianças e adolescentes praticado por pessoas ligadas à Igreja, particularmente padres e religiosos. A imprensa tem noticiado com insistência incomum, casos acontecidos nos Estados Unidos, na Alemanha, na Irlanda, e também no Brasil.
Sem temer a verdade, o Papa Bento XVI não só reconheceu publicamente esses graves erros de membros da Igreja, como também pediu perdão por eles. Disso nos dá testemunho a carta pastoral que o Santo Padre enviou aos católicos da Irlanda e que pode se estender aos católicos de todo o mundo.
Mais do que isso, Bento XVI não receou manifestar seu constrangimento e vergonha diante desses atos que macularam a própria Igreja. Firme, o Papa condenou a atitude dos que conduziram tais casos de maneira inadequada e, com determinação, afirmou que os envolvidos devem ser julgados pelos tribunais de justiça. Não faltou ao Papa, também, mostrar a todos o horizonte da misericórdia de Deus, a única capaz de ajudar a pessoa humana a superar seus traumas e fracassos.
Às vítimas o Papa expressou ter consciência do mal irreparável a que foram submetidas. Disse Bento XVI: “Sofrestes tremendamente e por isto sinto profundo desgosto. Sei que nada pode cancelar o mal que suportastes. Foi traída a vossa confiança e violada a vossa dignidade. É compreensível que vos seja difícil perdoar ou reconciliar-vos com a Igreja. Em seu nome expresso abertamente a vergonha e o remorso que todos sentimos”.
Essa coragem do Sucessor de Pedro nos coloca a todos em estado de alerta. Meditamos sobre esses atos objetivamente graves, e estamos certos de que – como fez o Papa – devem ser enfrentados com absoluta firmeza e coragem.
É de se lamentar, no entanto, que a divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa. Deixam-nos particularmente perplexos os ataques freqüentes e sistemáticos, ao Papa Bento XVI, como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente. No entanto, uma análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações. O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento, que fere, também, grande parte do povo brasileiro, que sofre com esses momentos difíceis, e reza pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que, no mundo todo, procuram honrar sua vocação.

De fato, “a imensa maioria de nossos sacerdotes não está envolvida nesta problemática gravemente condenável. Provavelmente, não chegam a 1% os envolvidos. Ao contrário, os demais 99% de nossos sacerdotes, de modo geral, são homens de Deus, dignos, honestos e incansáveis na doação de todas as suas energias ao seu ministério, à evangelização, em favor do povo, especialmente a serviço dos pobres e dos marginalizados, dos excluídos e dos injustiçados, dos desesperados e sofridos de todo tipo” (cf. Cardeal Cláudio Hummes, 12ºENP).
No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Padre sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifesta sua mais profunda união com o Papa Bento XVI e sua plena adesão e total fidelidade ao Sucessor de Pedro.
A Páscoa de Cristo, que celebramos nesta semana, nos leva a afirmar com o apóstolo Paulo: “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados” (2Cor 4,8-9). Nossa fé nos garante a certeza da vitória da luz sobre as trevas; do bem sobre o mal; da vida sobre a morte.

Brasília, 31 de março de 2010


Dom Geraldo Lyrio Rocha - Presidente da CNBB e arcebispo de Mariana
Dom Luiz Soares Vieira - Vice-presidente da CNBB e arcebispo de Manaus

Dom Dimas Lara Barbosa - Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro

Site da CNBB

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Música do Dia

Música: Pra Onde Vai Gaúcho Véio
Intérpretes: Estância Divina


-Pra donde vai gaúcho véio com essa gaita botonera



Chucra por demais?


-Vo pro grupo de oração tche!


-Então toque esta gaita e vamo se bandiá


Junto pra igreja...






Pra onde vai gaúcho véio?


vou pro grupo de oração!


e no embalo da vaneira vou louvando ao patrão


a indiada bem faceira, bem pilchada e com violão


vão cantando a fandanguera com poder e com unção






Saio de casa bem cedinho


me vou pra lida mais um dia


já vou rezando bem baixinho


pedindo a Deus e a Maria


que abençoem meu trabalho


que eu seja forte e lutador


porque a noite hoje quero


ir pra louvar o meu senhor






Eu sou chamado a ser tropeiro


Do meu patrão celestial


Com este estilo brasileiro


Que é de um modo bem bagual


E pra estância divina


Vou galopando sem parar


Pois o meu Cristo está vivo


E lá com ele eu vou morar

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Surto poético

Atenção
Surgiu uma nova epidemia
ataca o cérebro e coração
corre-se o risco de virar pandemia
Em verdade
esse vírus ha muito existe
e tem boa reciprocidade
dentre outras coisas consiste
em nascer em corações apaixonados
ou cerebros desocupados
ele se propaga atráves da mão
e também da visão
mas congrega todos os sentidos
desde o olfato, paladar e audição
Esse vírus é tido
como um dos mais resistentes
já existentes
quando- se pensa que ele morre
das cinzas ressurge
nos pensamentos corre
de onde menos se espera ele surge
Grandes personalidades
já foram contaminadas
na sua grandiosidade
foi chamado de surto poético
mas na realidade
é um movimento  humano-filosófico-ético-estético,
Ainda não inventaram vacina
ainda não existe cura na medicina
não se sabe por que razões aparece
nem por quais desaparece
Acredita- se que seja um surto sazonal
de ordem inspiracional
Ora se está inspirado
Ora  se esta conspirado

Poema de Luzia Escongisk

Plagio é crime!!!
Araucária
Simbolo da Terra
Sombreaste a Guerra
Contestado
era o chão
em que te plantavas
teus pés foram  semeados
com a riqueza dos  grãos
e a tudo olhavas

Tu reinavas
era rainha majestosa
e caridosa

Hoje bela Araucaria
continuas rainha
mas, uma rainha solitária
sombreando
meu coração enamorado

Luzia Escongisk
Homenagem a Araucária, árvore símbolo do Paraná

Pedofilia na Igreja, apenas mais uma opinião

       Dizem que a Igreja está vivendo uma crise sem precedentes, com o surgimento de denúncias envolvendo "padres" pedófilos em todos os continentes e ao memo tempo, dizem também que a Igreja omitiu e omite tais casos, que a Igreja não tem piedade das "indefesas vítimas" desses "padres" sádicos e que continua batendo numa tecla que não funciona mais nos dias de hoje, o celibato dos padres, 'os padres tem que casar e ter filhos assim a Igreja não sofrerá com esses absurdos', dizem mesmo que esses padres não são pedófilos, mas acabam descarregando sua enegia, seu desejo sexual nas crianças por elas estarem mais próximas, que a Igreja é preconceituosa por dizer que isso tem a ver com homossexualismo e fazem a perniciosa pergunta por que a Igreja ordenou padres homessexuais se isso seria perigoso? E blá blá blá...
     Está escrito que  o inferno não prevalecerá contra a Igreja de Cristo, então vos pergunto, qual foi a Igreja de Jesus? Certo. A Igreja Católica Apostólica Romana.
Católica- Por que essa Igreja seria Universal, levaria a palavra de Jesus a todos os povos e estariam todos em perfeita comunhão entre si e com Deus;
Apostólica- Após ser fundada por Jesus "-Pedro tu és a perdra sobre a qual construirei a Minha Igreja", os apóstolos deram continuidade, levando  Palavra, através do trabalho destes guaidos pelo Espiríto que a Igreja conquistou tantos fiéis;
Romana- Porque de Roma, após tantas perseguições, ela conquistou o mundo, durante o período áureo do Império;
Essas calúnias contra  Igreja e o Papa, cessarão, pois são infundadas e nunca a mentira prevalece sobre a verdade. E a Verdade está em Roma.
      Omissão: A respeito dos casos de pedofilia, como que a Igreja foi omissa se essas pessoas só foram revelar o que sofreram 20, 30 anos depois do fato acontecido, como a Igreja vai investigar, muitos desses "padres" morreram ou estão por demais idosos, não há portanto, como puni-los, a não ser os  afastando de suas funções  como paroquianos, a justiça não vai mandar para o sistema penintenciário uma pessoa com noventa anos, extremamente doente, no máximo mantem em prisão domiciliar, não foi assim com Pinochet e tantos outros que cometerm crimes contra a humanidade? E de forma alguma a Igreja  atrapalha o trabalho da polícia, já que é a maior interessada no assunto, isso é mais uma falácia contra a Igreja.
      Celibato: Concerteza o celibato não tem a ver com os abusos, caso contrário, por que homens casados ou não, mas com vida sexualmente ativa, são pedófilos? Como se diz aqui na minha terra "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Não se pode ligar o Celibato dos religiosos católicos com a pedofilia. Existem também tantas pessoas que não são religiosos que optam pelo celibato em suas vidas e não são pedófilos. Eu não sou pedófila, embora não tenha optado por ser celibatária, optei pela castidade (que vem a ser a mesma coisa) até o casamento, e não preciso descarregar minha energia sexual em nada nem objeto, nem pessoa. Pedofilia é uma doença. Pedofilia é Crime. E está publicamente condenado na Biblia. Celibato e a pessoa optar por viver uma vida sem sexo. Sei que na sociedade atual o viver sem sexo é dificil de se entender, mas muitos jovens e adultos, religiosos ou não, fazem essa opção e vivem "muito bem, obrigada!".
     Homessexualismo: Essa é uma questão extremamente delicada, qualquer "Ai!" que se fale já vem o estereótipo de preconceito. Mesmo que me chamem de perconceituosa lá vai... Assim como a pedofilia o homossexualismo é uma prática condenável na Biblia, é errado, não digo que é uma doença, muito menos que é crime, mas convenhamos o normal é feminino + masculino, tanto com os animais irracionais como  os  racionais, passou disso já não é totalmente aceitavél, nem normal. A maioria dos casos de pedofilia acontece com entre homens e meninos, chamam de "preferência" eu também o chamo de preferência. Preferência homossexual. Mas, o fato é que existem inúmeros homossexuais e são poucos os casos de pedófilos, assim como são inúmeros padres católicos e é uma minoria de casos com pedofilia. Então por que julgar toda uma classe por causa de poucos dos seus adeptos?Não é justo, e não é politicamente correto, já que estamos na era do politicamente correto.
    A respeito de  por que a Igreja ordenou padres homossexuais, não sei vocês mas eu reparei uma coisa, todos esse padres presos eram velhos, isso mesmo que você leu velhos, de 50 anos pra cima, parece que foi uma geração onde muitos se perderam, ou  foi uma geração em que houve um erro. Li uma vez em um site que nos anos 50,60 e 70 o homossexualismo não era aceito, tanto pela familia, como pela sociedade e pelos próprios homossexuais, então qual foi a alternativa dessas pessoas esconder-se da sociedade ou esconder os filhos dentro dos seminários, ordená-los padres seria a tentativa de expiação, acredito que aí esteve o erro. Durante o tempo de seminário conseguiram segurar seus impulso, mesmo que não há como o seminarista descumprir ou burlar normas, tenho um conhecido que está no seminário menor e ele atesta isso. Houveram erros no sistema eclesial, sim talvez houveram, mas esses erros são míseros perto acertos da Igreja. Sendo assim deveríamos fazer escandalo semelhante quando descobre-se falcatruas, extorções tráficos de drogas e lavagem de dinheiro por parte de alguns pastores de Igrejas Evangélicas, se alguns o fazem é sinal de que todos fazem a mesma coisa errada, ou por que um grupo de muçulmanos realizam ataques terroristas todos os muçulmanos são terroristas. Não se pode generalizar!
     Acredito que a vítima de um crime tão atroz como a pedofilia, não há o que amenize, não é a prisão do culpado, não é uma indenização, não é a destruição moral da instituição a qual a pessoa representa. Por causa de um crime sofrido, essas pessoas estão cometendo outro tão ruim quanto ou o que é pior estão usando essas pessoas como "laranjas' para cometeram outro crime.
   Devemos tomar  cuidado com posições sensacionalistas, não podemos corrigir um erro com outro maior! Talvez tudo isso que escrevi não importe, afinal é só mais uma opinião e o que é pior uma opinião de uma Católica que defende com a vida, se for preciso, seu Deus, sua Igreja!!!






Paz e Força para todos nós!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aniversário do Embaixador de Cristo na Terra.
Viva o Papa Bento XVI!!!
Viva o Sucessor de Pedro!!
Que Deus o abençoe, o proteja e o ilumine para que  Ele saiba conduzir o seu rebanho!!
Deus Abençõe o PAPA!!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Igreja: Informação versus Cmapanha

A imprensa brasileira tem noticiado a respeito da crise que fustiga a Igreja Católica com razoável serenidade e equilíbrio. Os casos de abuso sexual protagonizados por clérigos são, de fato, matéria jornalística inescapável. O que me impressiona, e muito, é a perda do sentido informativo e o inequívoco tom de campanha assumido por alguns jornais norte-americanos.
Infelizmente, os casos reais de abuso sexual, ocorridos nas últimas décadas, mesmo que tenham sido menos numerosos do que fazem supor certas reportagens, são inescusáveis. Nada pode justificar nem atenuar crimes abomináveis como o estupro e a pedofilia. Um só caso de pedofilia, praticado na Igreja Católica por um padre, um religioso ou uma religiosa, é sempre demais, é inqualificável.
Mas jornalismo não pode ser campanha. Devemos, sem engajamentos ou editorialização da notícia, trabalhar com fatos. Só isso nos engrandece. Só isso dá ao nosso ofício credibilidade e prestígio social. Pois bem, amigo leitor, vamos aos fatos.
O Vaticano recebeu 3 mil denúncias de abuso sexual praticado por sacerdotes nos últimos 50 anos. Segundo monsenhor Scicluna, chefe da comissão da Santa Sé para apuração dos delitos, 60% dos casos estão relacionados com práticas homossexuais, 30% com relações heterossexuais e 10% dos casos podem ser enquadrados como crimes de pedofilia. Os números reais de casos de pedofilia na Igreja são, portanto, muito menores.
Os abusos têm sido marcadamente de caráter homossexual e refletem um grave problema de idoneidade para o exercício do sacerdócio. Afinal, uma instituição que há séculos defende o celibato sacerdotal tem o direito de estabelecer os seus critérios de idoneidade, o seu manual de instruções para a seleção de candidatos. Quem entra sabe a que veio. É tudo muito transparente. Quem assume o compromisso o faz livremente. O que não dá, por óbvio, é para ficar com um pé em cada canoa. E foi exatamente isso o que aconteceu. A Igreja está enfrentando as consequências de anos e anos de descuido, covardia e negligência dos bispos na seleção e formação do clero.
Philip Jenkins, um especialista não católico de grande prestígio, publicou o estudo mais sério sobre a crise. Pedophiles and Priests: Anatomy of a Contemporary Crisis (Oxford, 214 págs.) é o mais exaustivo estudo sobre os escândalos sexuais que sacudiram a Igreja Católica nos Estados Unidos durante a década de 1990. Segundo Jenkins, mais de 90% dos padres católicos envolvidos com abusos sexuais são homossexuais. O problema, portanto, não foi ocasionado pelo celibato, mas por notável tolerância com o homossexualismo, sobretudo nos seminários dos anos 70, quando foram ordenados os predadores sexuais que sacudiram a credibilidade da Igreja.
O autor não nega o óbvio: que existiram graves desvios; e, mais, que os bispos fracassaram no combate aos delitos. Jenkins, no entanto, mostra como os crimes foram amplificados com o objetivo de desacreditar a Igreja. A análise isenta dos números confirma essa percepção. Na Alemanha, por exemplo, existiram, desde 1995, 210 mil denúncias de abusos. Dessas 210 mil, 300 estavam ligadas a padres católicos, menos de 0,2%. Por que só as 300 denúncias contra a Igreja repercutem? E as outras 209 mil denúncias? Trata-se, sem dúvida, de um escândalo seletivo.
As interpretações e as manchetes, em tom de campanha, não batem com o rigor dos fatos. Vamos a um exemplo local. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, de 18/5/2009, página C4, abria com o seguinte título: Triplica o número de vítimas de abuso atendidas nas zonas sul e leste. E acrescentava ao título: Desde outubro, a média de novos casos passou de dez por mês para um por dia. Mesmo que o estudo se cinja às zonas leste e sul da cidade de São Paulo, por somarem milhões de habitantes, não deixa de ser uma amostra muito expressiva.
Trata-se de uma pesquisa realizada por várias ONGs de provada seriedade. Aponta como "novidade desconcertante" o fato de que "pais biológicos são a maioria entre agressores e, agora, avós também começam a aparecer neste grupo". No elenco da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica, todos ou a quase totalidade dos agressores sexuais são casados. Por que então o empenho em fazer crer que os principais protagonistas de abusos sexuais são padres, e em atribuir a causa dos crimes ao seu compromisso celibatário?
Tentou-se, recentemente, atingir o próprio papa. Como lembrou John Allen, conhecido vaticanista e autor do livro The Rise of Benedict XVI, em recente artigo no The New York Times, o papa fez da punição aos casos de abuso uma prioridade de seu pontificado. "Um de seus primeiros atos foi submeter à disciplina dois clérigos importantes contra os quais pesavam denúncias de abuso sexual há décadas, mas que tinham sido protegidos em níveis bastante altos. Ele também foi o primeiro papa da história que tratou abertamente da crise." Bento XVI tem sido, de fato, firme e contundente.
Em recente carta ao Corriere della Sera, o senador italiano Marcello Pera, um laico no mais genuíno sentido italiano da palavra, assumiu a defesa do papa e foi ao cerne da polêmica. "Desencadeou-se uma guerra. Não propriamente contra a pessoa do papa, pois seria inviável. Bento XVI tornou-se invulnerável por sua imagem, sua serenidade, sua clareza e firmeza." A guerra continuará, "entre outras razões, porque um papa como Bento XVI, que sorri, mas não retrocede um milímetro, alimenta o embate".
Precisamos informar com o rigor dos fatos. Mas devemos, sobretudo, entender o que se esconde por trás de algumas manchetes e de certas interpretações.

CARLOS ALBERTO DI FRANCO
-Jornal O Estado de S.Paulo

DOUTOR EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE NAVARRA, PROFESSOR DE ÉTICA, É DIRETOR DO MASTER EM JORNALISMO (WWW.MASTEREMJORNALISMO.ORG.BR) E DA DI FRANCO - CONSULTORIA EM ESTRATÉGIA DE MÍDIA (WWW.CONSULTORADIFRANCO.COM) E-MAIL: DIFRANCO@IICS.ORG.BR

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Jesus Cristo existiu ou foi um mito?

Conta-se que certa vez um soldado de Napoleão Bonaparte, empolgado com as conquistas do grande imperador da França, lhe disse:
- Imperador, pode fundar a nossa religião e a nossa igreja. Estamos prontos a seguir Sua majestade.
Ao que Napoleão lhe teria respondido: - Filho, para alguém inaugurar uma religião e fundar um igreja, precisa de duas coisas: primeiro, morrer numa cruz; segundo, ressuscitar ao terceiro dia. A primeira eu não quero e a segunda eu não posso; então, para com esta estória de fundar uma igreja e uma religião.
O que mais me impressiona nesta narração, que ouvi de um professor universitário de História, é que Napoleão não era bom católico, tanto assim que foi o primeiro imperador a não aceitar ser coroado pelo Papa, quando este era o costume da época, e mais: mandou prender o Papa Pio VI, e depois, o Papa Pio VII, quando este não quis concordar com o divórcio do seu irmão Jerônimo. No entanto, Napoleão sabia que só Jesus tinha credenciais divinas para fundar uma Igreja.

A Igreja Católica é a única que foi fundada expressa e diretamente por Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, Deus verdadeiro. Isso é o que faz dela a única Igreja autêntica. As outras são invenções dos homens.
Mas muitos perguntam: será que Jesus Cristo é mesmo Deus? Será que Jesus existiu mesmo? Será que fundou a Igreja mesmo?
Vamos responder a cada uma dessas perguntas. Comecemos pela existência histórica de Jesus Cristo.
Além dos Evangelhos e Cartas dos Apóstolos, a mesma História que garante a existência dos faraós do Egito, milhares de anos antes de Cristo, garante a existência de Jesus. Muitos documentos antigos, cuja autenticidade já foi confirmada pelos historiadores, falam de Jesus. Vamos aqui dar apenas alguns exemplos disso e mostrar que Nosso Senhor Jesus Cristo não é um mito.

Documentos de escritores romanos (110-120):

1.Tácito (Publius Cornelius Tacitus, 55-120), historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma, que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta:
“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV, 44).
2. Plínio o Jovem (Caius Plinius Cecilius Secundus, 61-114), sobrinho de Plínio, o Velho, foi governador romano da Bitínia (Asia Menor), escreveu ao imperador romano Trajano, em 112:
“[...] os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus” (Epístolas, I.X 96).
3. Suetônio (Caius Suetonius Tranquillus, 69-126), historiador romano, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este “expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma grega equivalente a Christós, Cristo), se haviam tornado causa frequente de tumultos” (Vita Claudii, XXV).
Esta informação coincide com o relato dos Atos dos Apóstolos 18,2, onde se lê: “Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma”; esta expulsão ocorreu por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.

Documentos judaicos:

1. O Talmud (Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus) apresentam passagens referentes a Jesus. Note que os judeus combatiam a crença em Cristo, daí as palavras adversas ao Senhor.
Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia:
“Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: “Merece ser lapidado, porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha proferi-lo!” Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa.”
2. Flávio Josefo, historiador judeu (37-100), fariseu, escreveu palavras impressionantes sobre Jesus:
“Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplício da Cruz, mas os seus fieis não renunciaram ao amor por Ele, porque ao terceiro dia ele lhes apareceu ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas juntamente com mil outros prodígios a seu respeito. Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa, recebeu o nome de cristãos” (Antiguidades Judaicas, XVIII, 63a).

Documentos Cristãos:

Os Evangelhos narram, com riqueza de detalhes históricos, geográficos, políticos e religiosos a terra da Palestina no tempo de Jesus. Os evangelistas não poderiam ter inventado tudo isso com tanta precisão.
São Lucas, que não era apóstolo nem judeu, fala dos imperadores César Augusto, Tibério; cita os governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias e outros personagens como Anás e Caifás (cf. Lc 2,1;3,1s). Todos são muito bem conhecidos da História Universal.
São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos dos fariseus, herodianos, saduceus (cf. Mt 22,23; Mc 3,6).
São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda (cf. Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (cf. Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais. Nada foi inventado, tudo foi comprovado pela História.
Além dos dados históricos sobre a vida real de Jesus Cristo, tudo o que Ele fez e deixou seria impossível se Ele não tivesse existido. Um mito não poderia chegar ao século XXI [...] com mais de um bilhão de adeptos.
Os Apóstolos e os evangelistas narraram aquilo de que foram testemunhas oculares; não podiam mentir sob pena de serem desmascarados pelos adversários e perseguidores da época. Eles eram pessoas simples, alguns, pescadores e nunca teriam a capacidade de ter inventado um Messias do tipo de Jesus: Deus-homem, crucificado, algo que era considerado escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Jamais isso seria possível com Israel sob o jugo romano, dominador intransigente.
Outro fato marcante é que os judeus esperavam um Messias “libertador político”, que libertasse Israel dos romanos, no entanto, os Evangelhos narram um Jesus rejeitado pelos judeus, e que vem como libertador espiritual e não político. Os apóstolos teriam a capacidade e a coragem de inventar isso? Homens rudes da Galileia não teriam condições também de forjar um Jesus tão sábio, santo, inteligente, desconcertante tantas vezes.
Tem mais, a doutrina que Jesus pregava era de difícil vivência no meio da decadência romana; o orador romano Tácito se referia ao Cristianismo como “desoladora superstição”; Minúcio Félix falava de “doutrina indigna dos gregos e romanos”. Os Apóstolos não teriam condições de inventar uma doutrina tão diferente para a época.
Será que poderia um mito ter vencido o Império Romano? Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de martírios e perseguições? O escritor cristão Tertuliano (†220), de Cartago, escreveu que “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
Será que um mito poderia provocar tantas conversões, mesmo com sérios riscos de morte e perseguições?
No século III já havia cerca de 1.500 sedes episcopais (bispos) no mundo afora. Será que um mito poderia gerar tudo isso? É claro que não.
Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que começou com doze homens simples, e que já tem 2.000 anos; que já teve 264 Papas e que tem hoje mais de 4.000 bispos e cerca de 410 mil sacerdotes em todo o mundo? As provas são evidentes. Negar, historicamente que Jesus existiu, seria equivalente a negar a existência de Platão, Herodes, Pilatos, Júlio César, Tibério, Cleópatra, Marco Antônio, entre outros.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br