Rádio Beatitudes

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

#rialto

(Autor anônimo)

Um dia minha mãe saiu e deixou meu pai tomando conta de mim.
Eu tinha uns dois anos e meio.
Alguém tinha me dado um “jogo de chá” de presente e era um dos meus brinquedos favoritos.
Papai estava na sala vendo o Jornal Nacional, quando eu trouxe para ele uma “xícara de chá”, que na realidade era apenas água.
Após várias xícaras de chá, onde recebia elogios entusiasmados do papai a cada xícara servida, minha mãe chegou.
Meu pai fez ela se sentar na sala, para me ver trazendo a ele uma xícara de chá, porque era “a coisa mais fofa do mundo!”.
Minha mãe esperou, e então, vinha eu pelo corredor com uma xícara de chá para o papai e ela viu ele beber todo o chá.
Então ela disse (apenas uma mãe saberia): “Passou pela sua mente que o único lugar que ela alcança água é na privada?”
Os pais não pensam igual às mães.....

Disponível no Blog CristoCultura

Música do Dia

Mate de Esperança

Délcio Tavares

Composição: Francisco Castilh / Albino Manique
Eu vou cevar um mate gordo de esperança
Com a erva verde do verde do teu olhar
Tomar um trago bem graúdo
E preparar tudo
Para te esperar
E o meu rancho que era escuro de saudade
Eu vou fazer uma pintura de alegria
Para te impressionar e te agradar
Se tu voltar guria
Eu fiz promessa pro negrinho
Eu fiz promessa pro negro do pastoreio
Levei fumo em rama e um gole de canha
Como oferenda
Só para ele me ajudar
Só pra ele me ajudar a encontrar um meio
E um laço forte pra que eu te prenda, prenda
Oh!oh!oh!
E então sem mágoa
Posso até sentir o que virá depois
Oh!oh!oh!
Vou esquentar a água e feliz servir
Um mate pra nós dois.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Reflexões [ in ] úteis

''O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais." (Renato Russo)

"Enquanto você se esforça prá ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total
Na loucura real"  (Raul seixas)

Até onde vai  nossa busca desesperada pela individualidade? Até onde estamos sendo individuais? Me parece que essa busca por ser "você mesmo" não  perpassa questões essenciais como auto-conhecimento, quem e o que realmente sou, a análise do meu impacto nas  relações interpessoais, o que preciso aproveitar em mim, o que preciso descartar. A individualidade se encaminha por meios materiais, o que vestir, a que tribo pertencer, como falar, mas nada de realmente o que ser.
A individualidade está na moda. E quando o uníssono voltar a imperar, pois sabemos que a moda é um "ping pong", que vai e vem, nunca para, e quando não for mais moda ser "você mesmo"? E quando a moda voltar a ditar um só caminho? O que vocês colorido vai fazer? O que você que curte sertanejo universitário vai ouvir? O que você que só veste calça skine(é assim que escreve?) vai vestir quando a moda for pantalona?
Talvez o meu querer seja complicado de mais e não possa ser explicado, ou talvez eu esteja me esforçando em ser uma pessoa normal, procurando sempre fazer tudo igual, enquanto me apresento como alguém louco, maluco total.
Não sei se tem algum proveito essas palavras toscas que escrevo, talvez eu escreva para minha própria pessoa estas frases, que sinceramente, poucas vezes compreendo... Talvez meus versos tenham alguma utilidade algum dia ou sejam apenas mais palavras vazias  e sem sentido que "poluem a net" embora meu desejo seja elas purifiquem o ser e ajudem na construção do ser humano, enquanto ser único e inconfundível!

Obrigada a todos vocês que acompanharam o (Pretensa) Poetisa em 2010! Espero vocês em 2011! Tenham um Natal Santo,  sintam  em todos os dias de sua vida a presença do Menino Deus.
 Paz de Jesus e Amor de Maria a todos nós!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Emocionante Vídeo! Prudência nas estradas durante o fim de ano!

A Escolha de Zé Carlos


Era fim de tarde de uma quarta feira chuvosa na cidade de São Paulo. José Carlos tomava um cafezinho tranquilamente na pequena copa do escritório de contabilidade em que trabalhava, no Tatuapé, quando sentiu uma agulhada diferente no peito. Gelou.
Ao virar-se para comentar aquela dor estranha com o moto boy da empresa que usava a maquina de xerox ao lado para reproduzir a apostila do supletivo, “tum”, caiu desacordado no tapetinho azul desbotado que ficava na entrada da copa.
Quando abriu os olhos José Carlos estava sentado numa sala, cheia de cadeiras acolchoadas e forradas com napa cinza claro.
Confuso, não tinha certeza de onde estava. Seria sala de espera de algum consultório? Hospital? Poupa-Tempo? Afinal de contas sua ultima lembrança era a do cafezinho.
Perguntou então para um velhinho ao lado: “Eu sei que isso pode parecer uma pergunta estranha, mas... que lugar é esse?”
O velhinho deu uma pequena gargalhada meio sem força e respondeu: “Setor de triagem”
- Triagem do que? Para que?
- Para o Céu!
Pobre José Carlos, infarto, fulminante! José Carlos agora era mais um personagem do além.
Em segundos passou por negação, inconformismo, desespero, pânico e sem saber o que fazer ficou ali, paralisado, com os olhos esbugalhados. Paralisia essa só interrompida quando um dos atendentes do setor de triagem chamou seu nome.
Ao chegar no balcão, o atendente meio perdido e constrangido disse:
- Sr. José Carlos, o senhor vai estar nos desculpando, em milhares e milhares de anos isso nunca ocorreu antes, mas é que... sua ficha não está sendo localizada, não temos como estar sabendo nada sobre o senhor e...
- Como assim meu amigo, do que você está falando? Perguntou ao atendente já em tom de leve irritação.
-Ó, então... é que... sem estar sabendo nada sobre o senhor, não temos como estar permitindo sua entrada no Céu, pelo fato de não termos como estar tendo certeza se o senhor está apto para tal. Mas ó... nosso supervisor já vai estar imediatamente falando com o diretor do setor para que possamos estar sabendo o procedimento nesse caso.
Meia hora depois, ou quem sabe muito mais, já que o tempo na eternidade passa de forma diferente, o supervisor chama José Carlos e diz:
- Olá Sr. José, a informação que recebemos de Seu Pedro, diretor geral do departamento é que o senhor está liberado para entrar, apesar de não existir nada que comprove sua bondade em nossos registros, também não existe nada que deponha contra o senhor e não seria justo impedir sua entrada no Céu, principalmente por um erro nosso. Por favor, a entrada fica...
De repente um corre corre invadiu a sala, parecendo uma ação da SWAT, interrompendo as explicações do surpevisor.
Vários anjos, de armas em punho apontavam para o lado de fora, quando um dos anjos que parecia ser o comandante grita: “Alto! Quem vem lá?”
Saindo das sombras, com as mãos para cima, uma criatura com chifres e barba de bode diz:
- Calma aí rapaziada, não vim aqui pra nenhuma batalha, só vim questionar uma decisão de vocês.
Antes de alguém perguntar qualquer coisa, o encardido foi continuando.
-Vejam bem senhores, vocês estão autorizando a entrada desse jovem senhor no Paraíso para não correr o risco de prejudicar um inocente, mas não tem nada também que certifique  que ele não seja um condenado, isso não é justiça e para encurtar logo esse debate que já está muito longo e não vai chegar a lugar nenhum, proponho que o próprio interessado no assunto decida o que quer fazer. Afinal, cadê o livre arbítrio tão comentado por aqui? O direito de escolha não era sagado?
Enquanto José Carlos pensava “esse cara fala mais que minha sogra” o restante da sala se entreolhava sem saber direito o que pensar. Então o comandante dos anjos tomou a frente e disse: “Está certo! Sr. José Carlos, o senhor pretende entrar ou prefere ir com... esse aí?”
De longe o “coisa ruim” já gritou:
- Ve lá heim Zeca! Antes de responder é melhor você se informar primeiro como é aí dentro, afinal, nunca ninguém voltou para contar.
Louco para mostrar serviço um dos atendentes já se adiantou, abriu um folder explicando: “Pois não Sr. José Carlos, aqui temos todas as informações sobre sua futura instalação”.
No folder havia fotos de uma aconchegante casinha, não muito grande, porem toda arrumada e bem decorada, uma boa varanda com vista para um lago de águas tranqüilas, um pequeno bosque na parte de trás, tudo com aparência de muito limpo e conservado.
-Poxa! Adorei! Empolgou-se Zé Carlos.
Imediatamente, o Belzebu aproximou-se com seu catálogo em mãos e falou:
- Com licença Zequinha, por favor não se precipite, conheça nossos aposentos, fique a vontade para olhar e decidir
No catálogo do Inferno 1 quarto com TV por assinatura, internet banda larga, telefone fixo, celular com pacote ilimitado de dados, direito a 200 torpedos por mês e o hospede ainda receberia na entrada um cartão de crédito gold internacional.
José Carlos, acostumado com o ritmo das grandes metrópoles se sentiu seduzido.
- Pô galera, foi mal, agradeço a gentileza de vocês, mas vou lá para o fogo eterno, deve ser quente mas meu quarto tem split 12 mil btus.
Para a tristeza geral do setor de triagens, José Carlos partiu com o fedorento sem nem mesmo se despedir.
Ao adentrar em seu novo aposento, Zé Carlos ouviu do seu locador.
- Tudo aí, conforme o combinado: TV por assinatura c/ 120 canais, celular, internet banda larga... Seu cartão de credito encontra-se em cima da mesinha de cabeceira.
- Legal, vou aproveitar que estou aqui e fazer uma ligação para Adolf Hitler. Disse Zé Carlos já pegando o celular.
- Mas... está sem sinal... não funciona? Espantou-se
- Opa! Tudo aqui funciona sim, apenas os serviços estão momentaneamente desabilitados, mas fica tranqüilo, está aqui os números de call-center da operadora do Cartão de Credito, da operadora de celular, da TV por assinatura e da empresa que fornece serviços de internet. Disse o capeta entregando o papel com os números para José Carlos.
- É só você pegar o telefone fixo ali no canto da sala e ligar para esses números solicitando a reabilitação dos serviços.
- Ãh? Como é? Disse Zé Carlos completamente atônito.
Então com 1 sorriso de satisfação estampado no rosto o diabo disse:
- Bem vindo ao inferno!


Dísponivel em: Rock, Fé e Poesia
http://rogeriofeltrin.zip.net/arch2010-12-01_2010-12-31.html#2010_12-17_14_11_10-100369631-0
Meus pulsos
não sinto
meus impulsos
como absinto
conduzem rápido
ao fim
só e ríspido
fica assim....

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Envolta de laços
sinto meus braços
em grande embaraço
em total cansaço

Cansaço de lutar
e nada alcançar
por vezes titubear
ter de voltar

Voltar numa guerra
que em terra
há uma era
já se enterra

Enterra meus sonhos
em discursos enfadonhos
em atos medonhos
em tons tristonhos

Tristonhos, assim vão
passos e  coração
voz e canção
razão e emoção

Emoção, sentidos dispares
apesar dos pesares
dos meus dissabores
sigo sem rancores

Rancores há lugar
algum vão levar
meu pobre caminhar
doce/amargo penar

Penar, ou penar
eu prefiro optar
em fora estar
com esperança ficar!

 
Um jovem foi ter com um sábio e pediu-lhe um conselho para orientar sua vida. O sábio conduziu o jovem até a janela e perguntou:
- O que você vê através dos vidros?
-Vejo homens que vão e vêm e um cego pedindo esmola na rua.
Então o Rabi mostrou-lhe um espelho e novamente perguntou:
-Olhe neste espelho e diga-me agora o que você vê?
-Vejo a mim mesmo!
-E já não vês os outros! Repare que a janela  e o espelho são ambos feitos da mesma matéria - prima, o vidro. No espelho, porque há uma fina camada de prata colada ao vidro, você não vê mais do que a si mesmo. Você deve comparar-se a essas duas espécies de vidro. A pessoa de fé e de boa índole vê os outros e tem compaixão por eles. Coberto de prata, o egoísta, hipócrita e pobre de espírito, vê apenas a si mesmo. Você só vale alguma coisa, quando tiver coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa seus olhos, para poder assim, de novo, ver e amar os outros.