Rádio Beatitudes

sábado, 21 de janeiro de 2012

"Vaidade das vaidades, tudo é vaidade"

Diz- me qual vantagem
tem o homem
ao se exaustar
ao sol de tanto trabalhar

Um homem vai
um homem vem
a vida segue uma movimentação estática

O sol nasce,
o sol se põe,
o sino bate
segue-se a mesma prática
apressa-se antes que tudo passe
o poeta compõe
memsmo que a vida maltrate
voltam ao seu lugar
 saem de novo
aprendem a cantar
estão com o povo
nada de novo
vento sul, vento norte
volteia e gira, fraco e forte
é o mesmo circuito sempre

Todos os rios vão para o mar
e este não transborda
o olho não se cansa de olhar,
nem o ouvido de escutar
e a boca de falar

O que foi é o que será
O que aconteceu é o que acontecerá
nada muda debaixo do céu e do sol
o futuro já existia no passado
o novo já existia no antigo
não herdamos memória
deixamos alguma estória

Tudo é vaidade e vento
tudo um dia passa
e ninguém mais lembra.

Em qualquer tempo
tudo um dia passa
e ninguém mais lembra.

Até a sabedoria
é um vento que passa.

A ciência nem sempre traz alegria.
A tristeza não é oposta a sabedoria.

Do trabalho vem alegria.
Do vinho vem alegria.
Da festa vem alegria.
Mas, tudo é vaidade.
Tudo é um vento passageiro.
Tudo passa.
Tristeza ou gozo
E "não há nada de proveitoso
 debaixo do sol e do céu".

Eclesiastes 1: 1-12

(Luzia Escongisk)

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