Estou perdida
(E quem não está)
Querida vida
dê-me uma resposta
Cá estou, suplicante
necessito de um norte
Ontem, boa cristã
Hoje, péssima pagã
Deixe-me em seu divã
a digavar...
Conceda-me seus braços
para que possa repousar
deite-me em seu regaço
venha ao meu ouvido sussurar
Pois, já não sei
Em que acreditar
Juro que tentei
Mas, não pude suportar
O fardo que me destes
Parece pesado em demasia
Seus díficeis testes
Contrastam com minha anemia
O sol, não me ilumina,
O luar, não me anima
Escondo-me na vastidão
Sufocante dessa escuridão
De meu ser foge a esperança
Perde-se o ânimo
Esgota-se a confiança
Tu és Longânimo...
Bem sei, também misericordioso
Ao menos este poltrão
A que chamo de coração
Acalma e fazê-o aceitar
Este Teu suposto silenciar
Para que assim eu possa
Meu caminho continuar
Se for de Sua graça...
Luzia Escongisk
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